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domingo, 13 de setembro de 2015

Viviane Teixeira: Se eu fui capaz de mudar, pode ter certeza que você também é!

As pessoas me vêem hoje e acham que é fácil, mas luto contra mim mesma todos os dias. 

 Geralmente quando leio uma história de superação antes de enviar para o Blog eu já consigo um título para ela, mas essa história em particular eu não sei que título darei. Juro. Vou escrever, vou deixar toda a emoção que senti ao dividir com Viviane alguns minutos de meu domingo a tarde para que ela possa me direcionar um bom título. 

Eu conheço a Viviane desde sempre. Morávamos perto desde muito pequenas, e esse convívio sempre foi muito tranquilo. Uns anos atrás, logo após operar, durante uma festinha na escola de nossos filhos (eles estudavam juntos) a Vivi me contou o que havia ocorrido com ela. Fiquei sabendo pelos vizinhos que ela havia parado no hospital muito mal, ouvi boatos de problemas na cabeça, depois coração... mas pode ter certeza que somente hoje pude entender um pouco da dimensão e do inferno que essa menina saiu. Me desculpem se estarei sendo extensiva, mas não tem como ser breve contando essa história. 

Propus a Viviane que ela contasse pra gente como ela fez para perder os quase 35kg, se foi só com dieta e exercício. Ela, na sua humildade me fez um relato e eu li. Somente isso por si só já seria o suficiente mas eu encasquetei com o dia que conversamos lá no colégio das crianças e quis saber se o problema de saúde que ela teve tinha relação com a obesidade. PIMBA! Tomei conhecimento de toda a história e tento narrar aqui com as falas dela e algumas vezes, a intromissão minha. O relato que ela me enviou inicialmente foi esse, leiam com atenção:

Olá, Meu nome é Viviane Teixeira  e quero contar a vocês um pouco de minha trajetória rumo a uma vida mais saudável. Tenho 34 anos, sou casada, mãe de 2 meninos, trabalho como supervisora de loja em um posto de combustível e estou em uma luta constante contra a balança. Bom sempre fui uma adolescente muito ativa, mas aos 14 anos engravidei de meu primeiro filho - hoje com 18 anos -, engordei 32 quilos nesse período e fiquei acima do peso por longos 10 anos. Com um tempo consegui emagrecer com a ajuda de anorexígenos (NÃO INDICO A NINGUÉM ESSE TIPO DE MEDICAÇÃO, QUASE MORRI E QUANDO PAREI DE TOMAR VOLTEI A ENGORDAR ATÉ MAIS DO QUE HAVIA PERDIDO).
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Chamei a Viviane no chat e comecei a perguntar sobre aquela fase em que ela foi parar no hospital e sobre os boatos da vizinhança. Vocês sabem, o povo aumenta mas nunca inventa e, leiam esse relato gente:

- Vivi deixa eu te perguntar, lembra quando você teve aquele problema de saúde muito sério? Lembra que você me contou lá na escola das crianças sobre? Tinha relação com o excesso de peso?

E ela me disse que sim, mas que ficou receosa de contar pois ela havia tido anorexia. E eu, curiosa, pois é difícil de ver uma pessoa que é obesa ser também anorexia. Afinal, anorexia NÃO é o inverso a OBESIDADE? Colega, essa história vai render matérias e mais matérias, trataremos da anorexia outra hora, vamos seguir com o relato da Vivi: 

Ela contou então que: 
Cai no banheiro e bati a cabeça, minha obsessão pela magreza e por remédios anorexígenos quase me mataram. Só emagreci de verdade quando conheci a reeducação alimentar. Sempre foi fácil para mim mandar manipular ou até mesmo comprar esse tipo de medicação. Eu fazia dietas e não emagrecia, foi ai que resolvi apelar pr'os anorexígenos. Estava no meu auge da obesidade, isso era o que eu achava né, pesava naquela época 98 quilos. E assim comecei a tomar duas medicações e cheguei a pesar 68kg. Perdi todo peso em 3 meses. Quando parei de tomar a medicação começaram a vir os problemas de saúde... pensamentos suicidas. Foi quando eu decidir deixar de me alimentar. Comia e logo depois ia pr'o banheiro vomitar. Fiquei tão fraca que cai dentro do banheiro e bati com a cabeça no chão, uma mancha se formou em meu cérebro e um AVC ao mesmo tempo. Resultado? Engordei 47 quilos e cheguei enfim ao meu extremo de 115 quilos. As pessoas me vêem hoje e acham que é fácil, mas luto contra mim mesma todos os dias. 
Wesley e Viviane estão juntos
a mais de 10 anos.

E eu perguntei pra Vivi sobre os familiares e o esposo dela, como eles reagiram:
Ele (o esposo) sempre esteve ao meu lado. Meus irmãos e mãe queriam me internar em um manicômio mas ele nunca deixou. No auge de meus 115 quilos sempre esteve de meu lado. 
Continuei com minha inquisição: 
Você procurou ajuda psiquiátrica nega?
Sim. Medicação e tudo. Eu faço tratamento até hoje e não me envergonho. Nossa... estou me sentindo bem por ter falado disso, depois de tanto tempo. Eu quero mesmo ajudar, eu nunca imaginei que pudesse emagrecer sem a ajuda desses remédios mas aqui estou com 30 quilos eliminados em um ano e três meses. As pessoas podem achar muito tempo... mas para mim foi o suficiente pra não voltar mais. Eu decidi mudar... eu comecei a acreditar em mim. Quando todos achavam impossível eu disse para mim mesma: VOCÊ É CAPAZ! A gente pode até cair, como eu já cai várias vezes mas sempre que olho essas fotos meu animo, força e foco voltam novamente. 
Porque eu QUIS para a narrativa dela e contar esse trecho antes do final dela? PORQUE essas medicações inclusive já mataram pessoas que eu conheço. E que os resultados são somente momentâneos. Mas isso colega, vamos discutir outra hora. 
Seguindo com a primeira história da Vivi sem minha intromissão: 
Em seguida, aos 24 anos engravidei de meu segundo filho e entrei na casa dos 3 dígitos na balança, só quem já entrou nessa casa sabe do que estou falando, chegando então no meu limite 110 quilos (doce ilusão viu, pois a história dela ficou tensa...), foi ai que decidi que não queria mais ser motivo de chacota de ninguém, não gostava de sair, tinha vergonha das pessoas me olhando e com isso que no começo de 2014 a luta pessoal contra a balança começou. 
Inicialmente cortei o refrigerante, não bebo mesmo, nem nos finais de semana. E foi com a ajuda de alguns grupos de reeducação alimentar que fui baixando o ponteiro da balança, me exercitando poucas vezes na semana, mas a alimentação foi o estopim de minha trajetória, me reeduquei com o que tinha em casa. Hoje tomo mais de 2 litros de água por dia, tento ao máximo me alimentar de 3 em 3 horas e estou conseguindo devagar chegar ao tão sonhado 70 quilos (peso para a altura dela que eu me esqueci de perguntar). Hoje estou pesando 84.3 gramas e não parei por aqui, tenho planos de me superar ainda mais. 
Se eu fui capaz de mudar, pode ter certeza que você também é! Se desafie, diga a você todos os dias: SOU CAPAZ e vou levantar agora mesmo e mudar.
Pois é galera, essa é a história da Viviane que teve, graças a Deus, um final feliz. Ela se superou, ela provou para ela que era capaz e para muitos que não era doente e nem louca. Superou a doença, os preconceitos. Sim... eu sei o quanto uma pessoa obesa sofre. Os olhares, as criticas, os apelidos e as brincadeiras de mau gosto. A vergonha de vestir uma roupa, de se apresentar em público e o medo, medo de que não será mais feliz. Alguns, como disse a Bianca Vieira em uma matéria atras, tem a graça de serem amparados por pessoas queridas, como foi o caso da mesma e da Vivi, outros passam por essa luta sozinho. Mas no fim meus queridos, a luta é travada somente só. E nessa guerra nosso maior inimigo e nosso maior aliado são as mesmas pessoas: VOCÊ MESMO. 

Hoje, espero que essa história venha lhe abrir os olhos, a você que vai operar (que a cirurgia NÃO VAI FAZER MILAGRE), a você que está ai sem saber se opera ou se tenta mais uma vez uma reeducação alimentar, a você que anda dando desculpas para não fazer uma atividade física, que esse exemplo de vida sirva para você fazer alguma coisa. Se mover, porque sem movimento nem o mundo gira. Corre atras de seus objetivos, não desista, você pode e nós estaremos aqui para lhe ajudar!

Obrigada Viviane pela história emocionante, acreditem, me emocionei lendo e conversando com ela, me veio um flash back de tudo que eu passei até aqui e mesmo aqui eu ainda acho que preciso melhorar, focar e seguir. 

E ai, vai continuar ai inventando DESCULPAS ou vai tomar uma atitude e mudar seus HÁBITOS??

Até logo,

Chris Dionízio 
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